terça-feira, 29 de janeiro de 2008

[ weekend to gather thoughts ... ]

Um novo dia para mostrar-lhe coisas do meu coração... Um novo dia para pensar melhor sobre como tem sido meus últimos meses, semanas, dias, horas e minutos. Tive uma semana passada assoberbadíssima! Muita coisa pra fazer no meu trabalho, um pouco de chateações na vida, lágrimas derramadas na quinta e sexta-feira. Enfim, eis que o meu fim de semana chegou para eu poder refletir sobre várias coisas.

O destino: restaurante e cachaçaria de painho, no caminho para a praia do santo. Desde o começo da programação da viagem de “dois dias”, eu sabia que não ia curtir muito. Tinha que ajudar também no restaurante... Ficar no caixa e/ou servindo aos clientes. Mas o pouco tempo que fiquei lá no sábado e domingo, consegui fazer algumas coisas das quais eu havia calculado em mente.

Na rodoviária peguei um ônibus às 09h45, e só cheguei mesmo lá na praia às 13h10! Indo de carro se gasta em torno de 1h. O ônibus parava a todo instante. Porém, para não me tirar do sério, meu aparelho de som confortava meus tímpanos. Ouvindo Björk, Dido, Pearl Jam acústico, o novo cd da Paula Toller, Adriana Calcanhoto público. ( melhor do que ficar absorvendo os forrós da vida que saiam no tal bus )

Abaixo, minha chegada na praia. Foto tirada do bus.

A foto em seguida foi tirada em 2006 por mim, ou foi pelo meu irmão. Hoje está um pouco diferente. Nesse fim de semana não consegui tirar mais fotos porque minhas pilhas reservas não estavam carregadas. ( mãe! Ce disse que elas estavam alimentadas! )

Bem, abaixo uma parte das relíquias do meu pai. Sempre ganhando dos amigos dele, e outras coisinhas ele acha por ai... Entre o punhal e a arma, é uma máquina fotográfica “Yashica” dos anos 50 - parecida com esta. Acima da arma, uma lanterna dos anos 50. Abaixo do punhal, um cadeado antigão.

No mesmo móvel onde ficam guardados os objetos da foto acima, estão estes ai. A colherzinha da ponta foi da bisavó da mulher do meu pai. A outra dos anos 50 foi presente de um cliente. Esse quadradinho “banhado a ouro” é um isqueiro a pavio. Embaixo dele tem um molde de uma rosa, lógico. No cantinho esquerdo embaixo é um ferro – super pesado que servia para passar queijo.
Abaixo o NOSSO CAIXA ELETRÔNICO SUPER MODERNO! Como você pode ver, no cantinho da foto lá embaixo, notas de eras remotas.
Eu não queria continuar tirando fotos da casa naquela hora. Queria ir mesmo caminhar sozinho naquela praia deserta e pensar na vida, pensar em textos que pretendo produzir mais adiante, pensar nos meus planos pro futuro, pensar nas transformações que vêem ocorrendo nos últimos tempos, pensar em personagens que poderão surgir na minha vida. Enfim... Viajar noutro mundo! Abaixo, fotos de um lugar mágico, distante de tudo e de todos.

Lá na frente tem uma pousada, um pouco mais tem o local onde num período de carnaval, eu, a irmã da minha madrasta, e um amigo nosso íamos morrendo afogados. ( quantas coisas já vive aqui! ) Essa foto fica por trás do restaurante do filho do carbono e do amoníaco, meu Nobre pai.

A próxima, marcas de transportes que vieram do sistema solar, controlados por extraterrestres chatos e feios. Láááá na frente ficam as falésias...
Nessa, eu estava no começo da minha aventura sozinho com anjos não-caidos do céu, pelas falésias. (estou de costas para as falésias)

Bem, eu achava que a maré estava secando... Mas na volta fui pego de surpresa. Aqui é totalmente deserto (às vezes).


À caminho do ápice!




Abaixo, uma cavernazinha onde moram morcegos metidos a fedorentos! (ui!)

Isso... Eu estava bem escondidinho. ( - nobre epígono pra dar trabalho! )
No ápice! Onde a paz reina... Onde os pensamentos fluem sem fingimento... Onde declarações podem ser feitas sem um pingo de vergonha.

O belo do sol já estava quase indo embora... E os anjos não-caidos do céu também...

... Mas eu continuei à deliciar-me com a paisagem.

Abaixo, foi no meu retorno ao mundo das cachaças... Realmente a maré estava enchendo.


Totalmente deserta...


Dei uma paradinha pra tomar um banho... Afinal, eu devo merecer. =]


Abaixo, já a noite, dentro da cachaçaria...

Também a noite, eu, meu pai e a mulher dele, resolvemos brindar um vinhozinho do Porto. Foi presente de um português. Estava guardado há tempos no baú de vinhos que tem no restaurante. Notem os charutos, todos tragados pelo papai, além do mais nos deliciando com umas raridades em vinil da música popular brasileira. Não é pra qualquer um, hein!

Antes de eu começar a ler 1808 e depois ir dormir, resolvi fotografar esse ventilador dos tempos da minha bisavó que decora o quarto no restaurante. E mais abaixo, uma foto da tela da artista plástica Nadja Souza.


Todas as fotos foram apenas no sábado. Lógico que cansou colocá-las aqui. Sei exatamente como cansou pra você ter que olhar foto por foto. E dai? Apresento-lhe meu mundo e olhe se quiser, stranger.

Breve, virei até este mundo de imaginação... Trazendo mais algumas riquezas dos meus limpos, trágicos, melancólicos, sagazes e ferinos pensamentos.

Por hoje é só. Tenha uma ótima semana.

=]

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

* alguma coisa de não sei onde

Palavras cortadas com a saliva da nossa boca.
Apertadas sobre o corpo teu...
Papéis jogados em cima da mesa
Como negócios complexos envolvendo carícias
Entre humanos parnasianos

Feto! Nascimento! Paixão!
Gozação por entre feras...

Ohh!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

[ funda-se em arte ]

Depois de ter ido dormir ao som de "Just a Car Crash Away" do odiado Marilyn Manson ontem a noite, acordei muito bem nesta segunda-feira. Incrível! Tenho uma ligeira impressão que outras coisas que sucederam no fim de semana, deixou-me um tanto quanto o menino mais feliz de Parachutesópolis. Há quem saiba do que estou falando... Alguém que me completa.


Meu dia estava indo bem, até que recebi a visita do meu pai e sua esposa no meu trabalho hoje a tarde. Surgiu um prazer inesperado do meu pai. Ganhei um livro! Crônicas do Beco da Lama do jornalista e artista plástico Leonardo Sodré, veio tornar meus pensamentos recheados de fantasias com toques de realidade mais afortunados. De cara já gostei por ser livro de jornalista. Sei lá, essa profissão encanta-me. Muitos sabem disso.

Não vou começar a ler agora, porque ainda estou em anos passados. Descubrindo regalias e travessuras de uma família louca que veio pro Brasil em 1807. 1808 jornalista Laurentino Gomes, é contado de forma simples e autêntica o começo de toda nossa história.

Em breve, farei um post "quase" especial sobre essa fantástica obra. Ah! Sobre Crônicas do Beco da Lama, também!

=)

domingo, 13 de janeiro de 2008

música pra dormir em pleno domingo



Charmoso, inteligente e simpático. Hahahaha. Eu adoro! Há quem discorde e jogue-me na fogueira junto com ele. Vamos então, né?
Just a Car Crash Away - Marilyn Manson

Love is a fire. Burns down all that it sees.
Burns down everything. Everything you thinkBurns down...
everything you say. She blew me her death-kiss
And the mouth-marks bled down my eye,
Like her dying on my windshield.
I can already feel her worms
Eating my spine. So how can it be this lonely?
Is that all we getfor our lives?
Is love only sweeter whenone of us dies?
Then I knew that our love was just a car crash away.
I knew that our love was just a car crash away.
I knew that our love was just a car crash away.
I knew that our love was just a car crash away.
Love is a fire.
Burns down all that it sees. Burns down everything.
Everything you thinkBurns down... everything you say.
Love is a fire.
Burns down all that it sees.
Burns down everything. Everything you think
Burns down... everything you say.
I knew that our love was just a car crash away.
Knew that our love was just a car crash away.
Just a car crash away. I knew that our love was just a car crash away.
I knew that our love was just a car crash away.
Love is a fire.
Burns down all that it sees. Burns down everything.
Everything you thinkBurns down... everything you say.
Love is a fire. Burns down all that it sees.
Burns down everything.
Everything you think
Burns down... everything you say.
fuck you too

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

' de cor em cor '

Fina cor de tom anil,
Formando minhas sombras em desejos mil
Catando saliva sua em
Palavras doces.

Cor azul e tão só azul...

Que brilhava por tantos dias assim.
Deixava pra lá,
Segurando-me de cá em par em par.

"Nômadeou" pela aristocracia, verme?
Envelheceu com os sujos...
Tranzou com mulheres sevandijas.

Tudo passou por sujos lençóis,
destruidor de corações apaixonados.
Lançou-se como cor de raiva.
Vermelho vestido de preto...
Foi assim como lhe vi no último dia.
_____________________________

- ah, Luíz... Você ainda deseja isso?
- Não percebes que te quero de verdade?
- Gostas de me fazer de trouxa, querido.
- Júlia! Júlia! Não é isso! Dá uma chance pra nós dois, amor...
- Continuaremos na amizade, Luíz. Você lá e eu aqui.

[ acaba de acabar ]

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

' de fina flor

É florescendo como uma florzinha...
Cresceu e ficou linda.
Nós pensávamos em tantas coisas juntos...
Juntos já podemos não mais estar.

Luando e enaltecendo meus complexos..
Minhas queixas de mulher zangada.
Rouba-me àquele bêijo caliente..
E desgruda-se de mim por
Insegurança, falta de amor.

Leva um lenço,
Limpa meu rosto que também
Irá ficar sujo de mau gosto.

- Deve ter sido assim como te servi nos últimos tempos. Minhas amigas do colégio não estão acreditando no que aconteceu.
- Deve ser porque elas só vivem de bôca em bôca, Júlia.
- De boca em bôca até você já ficou, Luíz.

[ tenho ódio de você, Luíz. Mas mesmo assim continuarás nos meus escritos ]

. . . isso continua . . .

domingo, 6 de janeiro de 2008

Dizem que 2008 chegou...

... que lekal! Não sei porque vim até aqui postar algo que na verdade não tô querendo expor. É, tão dizendo por ai que 2008 chegou e pra valer! Confesso que eu mesmo disse isso no dia 01 de janeiro. Até às 13h do dia 04 eu pensava o mesmo. Porém, mudou. E por uns dias vou ficar assim.

Agradeço a todos os extraterrestres, seres inteligentes e animais selvagens que me ajudaram nessas 48(?) horas. Uhum. Eu sou mais um entre uns 30 e poucos mil canditados que não conseguiu entrar na universidade.

Um curso tão sonhado desde a 5ª série, mais um ano não foi realizado. Existia força, pensamentos positivos até a última gota, esforço total.

Será que adianta eu contar aqui todo o meu esforço no ano que se foi? Certo que é passado, e o passado fica pra lá de Mauá. Sim. Adianta eu contar, porque aqui é o meu lugar. [ enquanto o sono não chegar, eu conto tudo direitinho. Coragem para a leitura, meu caro extraterrestre! ]

Março de 2007 - foi o mês que começou a corrida quase inacabada para o vestibular. Cursinho, pessoas novas, amigos novos, professores no pé e comecinho de pensamentos negativos. Re-encontrei uma amiga que foi a minha "musa de força". Amiga fantástica, que quando eu tive de abandonar o turno da tarde pro da noite, entendeu perfeitamente meu lado. Amiga que deu-me forças em meados de agosto/setembro pra eu não desistir. Enfim, uma guerreira. Ela passou em 5º lugar pro curso de Psicologia. Foi o segundo ano que tentou. Estudava manhã, tarde, fazia isolado, e ainda faculdade de Ciências da Religião na estadual a noite! Parabéns, amore!

Junho de 2007 - no dia primeiro o meu contrato de "menor aprendiz", primeiro emprego, acabou. Dois anos trabalhando no horário da manhã como Auxiliar Administrativo. Aconteceu que, o gerente do DP conversou comigo perguntando-me se eu aceitava ser contratado. Isso, pra trabalhar os dois horários. [ e o cursinho? e o vestibular? ] Ele conversou com um dos diretores, tudo no acordo. Eu aceitei. Era o jeito. Ou eu trabalhava e estudava, teria minha grana, ajudaria minha mãe e me ajudaria, ou ficaria só no cursinho, e minha mãe não daria conta só. Painho é que às vezes ajuda... Mas...

Então mudei o horário. Manhã e tarde no trabalho, saindo às 17h40 indo direto pro cursinho. Entre 18h15 e 18h30 encontrava meus amigos da tarde. 18h30 às 19h ficava lendo "o livro do momento". Por vezes chorei com os livros, por vezes chorei com outras coisas que eu conciliei, por vezes pensei em desistir. Saia tarde da noite. Esquisito, perigoso. Enfrentei chuvas "tipo fim de mundo", algumas vezes não conseguia assistir todas as aulas, ou faltava algum dia. Então aquela minha amiga me consolou e muito. Minha mãe então... O marido dela que começou a ir me buscar de moto... Meus amigos de verdade? Lógico! Nessas horas eu sei quem tá comigo...

Aulões, aulas extras, tenho certo que tudo foi válido. Não me arrependo das coisas que fiz ou deixei de fazer.

Novembro - cheeeeeeeeeguem logo provinhas! Elas vieram como fadas nas minhas mãos. Teve o VestNatal... Muita vibração. Ah, e os pensamentos positivos até o dia do resultado estavam a mil!

Dezembro - primeira fase: passei, povo!

04 de janeiro de 2008: buáááá... Merda!.... &¨%!*&%¨&!%!&¨%!&¨%!.... Por quê?!
Eu não consegui entrar no curso de Jornalismo. E 2008 tá ai e não vou deixar passar assim sem fortes emoções. Vou à luta. Quero vencer isso. Vou conseguir. Porque já agora no começo, com essa derrota do ano anterior, eu acredito no meu potencial. Não foi o momento para passar. Dias melhores virão. Anos melhores virão. Vestibular não é tudo. Só faz parte de uma "formação acadêmica". Situações piores que esta, outras pessoas vivem.

Ah, era isso.

*parabéns pro meu pai que apagou velinhas no dia 05. [ obrigado pelas palavras, painho ] Eu sei que você nem sabe mecher em internet, e nem vai ler isso tudo que escrevi e esse parabéns, mas desde já seu filho te deseja tudo de bom.

Tchau, anjo da guarda.