sábado, 31 de maio de 2008

... e o mundo ainda não acabou.



"Why are we seperated?
Defined by our greed and hatred
Why aren't we all united?
I'm so sick and tired of fighting.
Why aren't we all together
Lets end this fight forever
Why are we still divided?
I'm so sick and tired of fighting.

[Uh Huh, Uh Huh, Uh Huh]
How many tragedies[How many tragedies]
Will we see before we come together
[Uh huh, Uh huh, Uh huh]
It's easy to forget
We have the power to make things better
[Uh Huh, Uh Huh]" ( history - Madonna )


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Olá, tudo bem? Hoje eu cavalguei nas redondezas estrelares. Vi como o universo está diferente, e a terra parece estar em conflito a cada segundo. É incrível como muitos de nós, ou na minha visão daqui de cima, "vocês" lidam com as pessoas e com a natureza no dia-a-dia. Quando eu voltei dos meus afazeres lingüísticos, sentei aqui na cadeira de frente ao computador e comecei a digitar este texto - que não será um dos melhores do meu reino nobríssimo.

Seria tão bom se as pessoas mudassem o jeito de lhe dar com as outras. Poderíamos oferecer mais respeito, mais liberdade de expressão para muitos que se calam, ou estão cansados de aguentar tudo isso aqui. É um circo. Tudo se tornou tão engraçado. As pessoas não se interessam mais por coisas simples da vida. Elas não desejam viajar pelo universo. Não desejam conhecer outros seres. Um ET? Quem sabe...

Eu bati o carro nesta manhã de terça-feira. O homem que dirigia na frente do meu automóvel, xingou-me com nomes que nem meus primos nunca disseram comigo. Cadê o respeito e educação desse homem de meia idade? Não, não mesmo. Ele não sinalizou que ia entrar para a direita. Além disso, deu uma freada tão segura, que aconteceu o acidente. Resolvemos o assunto.
"Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou..." ( e o mundo não se acabou - Adriana Calcanhotto )

Antes de ontem eu fui ao supermercado que encontra-se a 5 km de minha casa e vi uma cena vergonhosa: MULHER DE UNS 35 ANOS JOGA LIXO NA RUA. Ótima chamada na capa de um jornal, não? Aham. Mas por que os jornais não põe algo do tipo nos seus jornais impressos e telejornais? Okay, apenas o caso da menina que é jogada do prédio, ou homem que mata outro quando passa por uma faixa de pedestre, ou mulher que espanca idoso, ou prisão não ajuda a recuperação de detentos, ou homem leva trezentos tiros e é encontrado vivo, devem ser MANIFESTADAS?

Ai, tudo isso ainda pode ser mudado. Nós precisamos cuidar do que é nosso. E a futura geração? E os nossos filhos? Eles terão uma vida "confortável"? Onde tá aquela água que você desperdiçou tomando banho, ou lavando o seu mais novo carro que custou 90.000,00? Gente, mudemos a nossa casa!!! Teremos visitas nos próximos anos. Até de extraterrestres! Sim, sim.
Como diz a Madonna em sua música b-side History: "Mas sonhos não são de graça... Nós precisamos mudar."

Por hoje é só... Vou ali em Plutão.
=\

domingo, 18 de maio de 2008

Eu posso te alfinetar também

Hoje eu resolvi sentar-me aqui na cadeira, ligar o computador, abrir o documento do Word e escrever com palavras de homem...

Eu tinha percebido que você vestiu-se diferente na última noite. Eu senti que o seu cheiro era outro. Não que fosse melhor, até porque, nenhum perfume tira de você o cheiro natural. Aquele seu vestido você nunca tinha me mostrado. Os anéis então...

Você me intimou a ir àquele restaurante para conversarmos sobre algo misterioso. Eu lembro bem das palavras: “Oi, querido. Túlio, precisamos ter uma conversinha... Algo sobre ‘metamorfose’!” Metamorfose? Quando ouço essa palavra vêm a minha mente borboletas azuis que tinham acabado de se transformar em fadas. Mas Túlio, jardim escola já passou!

O meu dia tinha sido bem agitado. Muitos problemas no trabalho, uma correria tremenda. Achei que não fosse sobrar tempo para ouvir sua voz. E antes que eu pegasse o telefone e ligasse para você, o contrário ocorreu. No restaurante eu estava tão ansioso para saber que ‘metamorfose’ era, que meu coração acelerava. Juro! Minha mãe sempre diz: “não crie muitas expectativas, meu filho.” Mas eu não crio muitas expectativas. Porém, quando se trata de relacionamento, fico com as mãos soando... Coração acelerado.

“Os meus sentimentos por você não estão sendo mais os mesmos, Túlio”. Foi assim que você me surpreendeu. Foi assim que tomei minha última taça de vinho. Senti-me desnorteado naquele minuto. Precisava você ter pego nas minhas mãos e acariciado como se eu fosse o último cachorro do mundo? Precisava me olhar como se eu fosse um moleque que fica triste porque não ganhou um brinquedo, ou um doce dos pais? Francamente! Depois das reuniões que eu tive naquele dia, depois dos empecilhos que houve durante todas elas, os seus gestos foram as piores coisas que aconteceram!

Eu sou um grosso, então? E você é uma sem noção, né? Sim. Eu não tenho mais 15 anos, Camila. Acho que você deveria ao menos ter conversado com mais maturidade. Não precisava ter feito àquelas caras e bocas de mulher chorona. Bem, se eu tivesse te traído, ou se você tivesse saído com o novo chefe do financeiro lá da sua empresa, tudo bem. Mas não foi isso...

Todos os 3 meses que vivemos juntinhos, foram como um casamento. Sim, porque você dormia direto lá em casa. Gostei muito das nossas noites quentes, das noites frias e do seu jeito de fazer carinho em mim. Não tinha encontrado mulher alguma que fizesse o que você fazia comigo. Isso não é tudo, viu? Comporte-se como MULHER da próxima vez que for dar um pé-na-bunda de um outro homem.

Deixo para você aqui no meu blog, este desabafo, que de mais nada irá te servir. Apenas adocicará o meu fervor. Ambigüidade? Ah, até os seus gestos têm...

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Agradeço a minha leitora Aline Romero, pelas palavras no mundo dela composto de notas noturnas. Ela me presenteou com este selo:
Aline, comentários são apenas OS COMENTÁRIOS. Mas os nossos desabafos nesse mundo de imaginação real e fictícia são mais sábios que eles. Gosto do meu universo assim, sem prédios, sem guerras, malquerenças, sem esquinas, sem complicações. Apenas aquele vasto espaço noturno alimenta a minha sede de brilhar-se em cada ponto de luz nele existente.
Ótimos dias, leitor. E perdão, se eu desapareço daqui por um tempo. É que muitos me chamam noutras galáxias!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Lembranças no Inverno

Eu estava parada de frente ao espelho esperando que aquela mulher respondesse a minha pergunta. Não. Ela não sabia o que responder. Apenas pensava em tantas respostas que pudessem ser formuladas sobre a situação. Ela sentia frio. Sentia o coração acelerar a todo instante. Prendia o cabelo, depois soltava e dava um giro para os cabelos castanhos girarem rapidamente. A mulher notava o quão eu estava feliz. Porém, essa felicidade era momentânea, assim como acontece com pessoas apaixonadas (!). Agora lanço-me para um desafio: “Quando você irá parar de pensar essas coisas?” Ela mais uma vez não soube responder.

Fui até o banheiro, peguei o novo sabonete que comprei em uma loja de cosméticos do shopping e entrei no box. Tudo cheirava a hortelã, até os meus pensamentos cheiravam a hortelã. Era uma veleidade tudo aquilo que percorria em meus cabelos, descia no meu pescoço, parava nos meus seios e adentrava no coração. Este, batendo cada vez mais veloz. Parecia que, não, não parecia. Era verdade! Ele batia tanto, queimava de prazer, ia decolar. Depois essa veleidade desceu para a minha barriga, para minhas partes sensuais e não mais inocentes... Nesta parte eu parei. Continuei acariciando as pernas e lembrava dos dias que fiquei ao lado de um dos homens mais perfeitos que já conheci.

Após o banho, sentei-me na poltrona ao lado da cama. Eu tinha em mãos a caixa onde dormiam as cartas e algumas fotos dele. Como é lindo! Sim, eu disse LINDO! Lindo segundo o dicionário significa: adj. Agradável à vista ou ao ESPÍRITO; belo, formoso, gracioso, delicado, perfeito. Não era só a beleza exterior, juro! Ele possuía um coração tão elegante. Eu sonhava todos os dias em poder tocá-lo. Eu tinha sido flechada pelo anjinho do amor. (que coisa mais infantil para uma mulher prestes a se formar!) Será que ao menos não posso declarar tudo que eu realmente vivia naquela época? Tremia todo o corpo quando eu o via de longe na universidade. Mas uma vez ele estava com os amigos em frente à biblioteca. Há três semanas eu tinha pegado dois livros de literatura francesa e fingi estar indo devolvê-los. Sim, sim. Eu toquei nele! O meu braço direito tocou nele. Tocou o braço dele. Olhou para mim e disse: “Nossa, quanta pressa em devolver os livros!” Ué, como ele sabia que eu tinha pegado? “Ué, como você sabe?” “A menina do controle de livros ficou surpresa quando viu uma aluna de fisioterapia pegando livros de literatura francesa. Ela comentou comigo” “Ah, sim. Quer dizer, não. Bem, eu me interesso tanto por literatura! O que é do homem sem a companhia de um livro? Ah, desculpe-me... Estou atrasada para a aula!”

O que foi aquilo?! Siiiiiimmm! EU ESTAVA TREMENDO por dentro! Corri para o banheiro e chorei, sorri, beijei meu braço que tinha recebido o toque daquele menino. Onde meus pensamentos foram parar?! Parecia um conto de fadas. Sei lá!

Passaram-se oito meses para acontecer o nosso primeiro beijo. Foi tudo. Toquei aquele rosto com um pouco de barba. Acariciei seus braços, seu pescoço, seu cabelo. Um cheiro inexplicável vinha daqueles cabelos também castanhos. Os olhos dele cintilavam como aquelas estrelas que se mostram lá no céu exibindo seus mistérios. A boca dele tocava a minha de forma harmoniosa levando-me para outra galáxia, outro planeta TOTALMENTE DISTANTE. O meu exagero passava do limite. Minhas amigas não entendiam todo esse desespero amoroso. Desespero não. A MINHA FORMA DE AMAR.

Por maldade do destino, ou sabe-se lá por bondade, nós nos separamos. Separamos-nos mesmo. Há 2 meses ele está na Irlanda. Recebeu um contrato para ir trabalhar lá. É, eu estou sim me programando para encontrá-lo e matar essa saudade. Deixou apenas ótimas, lindas e sinceras recordações no meu corpo. Deixou fotos, que muitas eu roubei às escondidas! Hehehe.

Vejo ali fora, no jardim, a chuva caindo e trazendo muitas saudades. Às vezes é melhor a gente não pensar nisso. Bate uma tristeza... Às vezes é bom ocupar a mente com outras coisas. Ou melhor, é melhor, sim, a gente pensar em tudo de bom que aconteceu. Tornamos-nos mais felizes.