sábado, 31 de janeiro de 2009

19h39 [ hora de ler livro para uma criança ]


Foto: ap improvisado by Nobre Epígono

- Vem, vem... Deita aqui comigo. Não, não... Deixa a luz acesa. Quero poder olhar nos teus olhos. Tudo bem, pára de fazer essa carinha boba. Traz seu livro que eu leio para você. Meu deus. Como é bobo! Filhote, filhote... amo-te tanto, meu bem.

[respira fundo]

- ... te amo tanto, meu bem. Por mim, eu passaria todas as noites seguintes e manhãs e tardes com você nessa rede. Ou, de repente, cairíamos nesse colchão e passaríamos uma eternidade. Retiro a eternidade da nossa frente. Prefiro mesmo o agora. Vem.. Ponhe a cabeça no meu peito. Consegue ouvir a batida acelerada do meu coração? É você que tá deixando-o assim... Como sinto-me feliz!

[respira fundo]

- Vem, vem logo... beija-me forte!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

retificando a postagem abaixo...

Sim, sim, sim. Mesmo às 23h00, mas você deu sinal de vida.
Dar-te-ei novos discos sem arranhões. Prometo!

Boa noite.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

20h36 [nada de você]


foto: Nobre Epígono em SP by Nobre Epígono

"Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto

Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos...

Que é pra ver se você volta,

Que é pra ver se você vem,

Que é pra ver se você olha,

Pra mim..." -
Mentiras (Adriana Calcanhotto)

E se ao menos eu pudesse tocar em você. E se ao menos você não me deixasse esperar, eu não teria arranhado os seus discos. Aqueles que também são meus. Nossas músicas estavam neles. Se ao menos você me olhasse de verdade e sentisse o mesmo gosto enlouquecedor que o meu de poder avançar em você.

Porque eu gostaria de beijar. Porque eu gostaria de tocar seus lábios, sua pele, seus olhos, suas palavras...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Vida Oculta

foto: Nobre Epígono by Nobre Epígono

Ele chama-se Luciano. Há tempos que não se sente muito bem em sua relação de 4 anos. O trabalho, estudo e uma nova pessoa em sua vida parecem ser as únicas coisas que têm levantado-o um pouco. Os dias estão passando e ele continua preso em suas declarações infantis para essa terceira pessoa. Digo infantis, porque ele trata-a de forma tão delicada e boba que ela acha-o a criança mais inocente do mundo.

O carro está em bons tratos. O celular é um dos últimos dessa tecnologia avançadíssima. O trabalho deixa-o a cada dia realizado. Foi a profissão correta que resolveu investir e dar tudo de si. Tem uma linda casa, um belo quarto, ótimo notebook, roupas charmosas [ou melhor, as roupas deixam-o charmoso], tem dinheiro para viajar para a Inglaterra, França, Estados Unidos, Islândia e quem sabe... Fernando de Noronha. Mas o relacionamento não vai nada bem. Que pena.

ELA se acha uma pessoa interessante. Acredita que pode continuar sendo feliz nos braços dele. Queria poder falar mais coisas para ele. Não esconder tantas outras... Viver um amor de cumplicidade. Mas a história não é bem assim. Luciano, o promotor mais bem pago daquela repartição pública, não acredita em mais um pingo das conversinhas fajutas dela. E pretende tomar uma decisão, não sabe quando.

A terceira pessoa vive em um caos de sentimentos. Queria muito poder estar cada segundo ao lado dele, sentir o cheiro, sentir o toque, o respirar acelerado, lento, sentir o beijo doce e mordidas selvagens e delicadas. Apenas passam-se os dias e ela está se cansando desse jogo de amor. Sente que a paixão chegou, como uma ilusão ou não, e deixa-a caidinha no chão por esse homem tão inteligente, doce e duvidoso, mesmo sendo um promotor.

Ele precisa de mais um tempo para pensar. Ele precisa de mais carinho mesmo que seja virtual ou por telefone. Ele precisa de alguém em que sinta-se bem mesmo. Mas está longe de conseguir isso. O caminho é longo... Às vezes parece passar tão devagar.

- Can we get together?
- I really wanna be with you.

Que domingo bonito. Porém, com revelações bombásticas. É a vida...

Bom início de semana.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Lost Dog


Foto: Via Costeira / Natal-RN (by Nobre Epígono)

Olá.

E eu achei que estivesse perdido feito um cão farejador. A brisa do mar não me contentava mais naqueles dias em que a solidão era minha única amiga. Melhor, os livros eram meus únicos amigos.

Amigos. Ah, doce ilusão. Quem realmente está com você quando mais precisa? Salvam-se alguns, claro. Não posso também chegar ao ponto de negar que tenho "amigos".

Alimentação. Acho que nesta semana meu filho morre dentro da minha barriga. Sim. Há três semanas que sonho com um milk-shake do Girafas, Bob's ou Mc Donalds. Nunca dá certo. Grana, tempo, logo depois, tive tempo. Mas quando fui passar no cartão R$ 5,90, deu "erro no sistema" (ou eu não peguei a conta?).

Praia, sol, mar... Pessoa dez de espírito ao meu lado. Caminhar e esquecer quem eu fiz sofrer. Caminhar e esquecer quem me fez e faz sofrer. Caminhar e saber que você pode mudar algo. Sonhar. Sonhar alto. Sempre querer o melhor... Sempre querer mais. Satisfazer-se com mais. Eu busco mais um pouco de alegria. Busco em alguém que, REALMENTE, saiba como fazer isso. Busco em alguém ou algo que, REALMENTE, quero.

Música. Eletrônica. Luzes. Pessoas. Toques. Dança. Tênis. Sapatos. Vozes. Corpos. Rostos. Química!

"Touch my skin, and tell me what you're thinking.
Take my hand, and show me where we're going.
Lie down next to me,
look into my eyes,
and tell me -- oh tell me what you're seeing." - Take My Hand (Dido)

Bom dia de começo de semana.
;)