segunda-feira, 20 de outubro de 2008

[ leitura... ]




Pequeno desabafo e libertação de LOVE

Depois de dois meses e uns dias para concluir minha leitura de LOVE – A História de Lisey, encontro-me na mesa do falecido computador para escrever algumas coisas referentes à obra, ao dia, aos meses, ao tempo, ao amor, a morte, ao ódio. Não quero parecer estranho ou normal para você que me lê. – Se é que alguém me lê! – Quero dizer que apesar de ter passado tanto tempo para terminar o dito livro, encantei-me com a viagem complexa que Stephen King fez para descrever o amor e ódio presentes em cada personagem.

Ser casada com um escritor super famoso não deve ser nada fácil. Aposto que Tabitha King sabe do que estou falando. Ou quem sabe o grande mestre do terror também passa pele situação LISEY-SCOTT. O tal escritor conhecido por suas obras como “O Iluminado”, “O Cemitério”, “Carrie, a estranha”, “Dança Macabra”, não navegou muito em LOVE no quesito “terror”. Posso dizer que esperava um pouco mais de suspense numa história que busca entregar a vida amorosa/odiosa de um casal e seus fãs alucinados, de pensamentos nada fáceis de conduzir quando se escreve um livro. Eu buscava mais o MEDO em LOVE. Mas não foi isso que encontrei. Se eu me satisfiz apenas com o terror e suspense gritante de “O Iluminado” e “O Cemitério”, BUUUM!! Quebrei a cara. King está de parabéns quanto à brincadeira com as palavras, frases, músicas e situações que caracterizam o afeto.

Scott Landon é o tipo de homem que possui um conhecimento musical e literário às vistas. É o tipo de escritor que para escrever poucas linhas, talvez incompreensíveis, viaja para outro mundo totalmente desconhecido de pessoas, digamos... “normais” (?). Não que seja uma inteligência incalculável para Landon. Apenas os “Demônios Vazios” vêm e conduzem ‘Scoott’ para Boo'ya Moon, para uma imaginação poderosa. Grandes leitores seus conseguem acompanhar e montar o quebra-cabeça que Scott e Stephen criam.

O amor e o ódio caminham juntos na cabeça dos escritores. Caminham juntos na cabeça dos fãs. E não importa se você vai ser preso, morto, ou a coisa vai infernizá-lo para o resto da vida. ESPANE! Que tal Engatilhar Sempre que Parecer Necessário? Por que não atirar? Por que não deixar para depois? Por que você não senta a joça desse traseiro na cadeira e escreve algo?!

Permita-me sair de cena...

MAIS UMA DOSE! CLARO QUE EU TÔ AFIM!

Correr por ai atrás de bools não dá certo. Trocar palavras por uma RC COLA muito menos! Eu pensei em dizer que amo o que escrevo, porém, atrás se esconde o ódio dos próprios pensamentos. Sinto-me como Lisey, tentando desvendar o quebra-cabeça de Scott. Os dias estão passando tão rápido, e já já chega no período da “mudança de vida”. Momentos de tensão seguem a todo custo por cada hora do dia. Mas o livro é a saída deste para o outro mundo. É o meio mais adequado para se libertar.

Não. Stephen King não me surpreendeu muito com LOVE. Muitos fãs podem me exorcizar com esta afirmação. Vai ver porque a história é complexa. Não, não acho que esse seja o real motivo para a minha discordância literária. É verdade quando se diz que foi apenas o terceiro livro que li do King. É verdade que “O Iluminado” e “O Cemitério” também possuem uma complexidade de pensamentos. Entretanto, não se compara a Lisey. Tenho certeza que preciso relê-lo numa outra estação. Tenho quase certeza que o terror MESMO do King, fugiu em LOVE.

O paradoxalismo fugiu hoje. Leia LOVE. Quebre a sua cabeça! ESPANE!

Agora, volto-me para Carlos Drummond de Andrade. Década de 1950. “Contos de Aprendiz” traz a liberdade na linguagem poética dos romancistas da modernidade, pugnando os ditos cujos parnasianos, que seguiam uma métrica, um preciosismo rítmico e vocabular. Drummond estabelece a poesia irônica, social, metafísica e amorosa. Boa leitura para mim!

Volto logo mais...

Texto escrito em: 13/10/2008

6 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei muito curiosa, eu adoro como ele se autp-escreve nos livros... Sempre tem um escritor no meio.
E Drummond é sabio.
Assim como tu és ;@
;@

@candido_dan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
@candido_dan disse...

Está se saindo um bom crítico hein... bom mesmo!!! deu até vontade de ler LOVE, mas por hora, fico com o Drummond*.

*Vou nem devolver mais!!
=D

Anônimo disse...

Drummond é um dos meus autores favoritos, e já que a indicação veio e outro escritor de quem gosto, permita-me não alongar esse comentário. Tenho uma busca a fazer na biblioteca aqui perto...

Um abraço forte se sua leitora saudosa!

@candido_dan disse...

Pois é...escrevi "fim" no dia 5, algo quase inconsciente.

obrigado pelas palavras!

A-bra-Ço!

[ rod ] ® disse...

Rpz estive ausente, mas nem merecia ter ficado assim, pq fiquei mesmo ausente da sua boa escrita.

Ler vc é ter certeza de uma acurada opinião. Ver você descrevendo assim o Stephen em seu Love dar uma vontade de sair a próxima livraria e trazê-lo para casa... mesmo que em algum momento não tenha te surpreendido como esperavas...

Como disse fiquei ausente e retornei... agora em nova casa.


Venha conferir o início de tudo.

Venha sentir o gosto dos meus...

Traga também os seus.

O antigo blog O AveSSo dA ViDa agora se chama dogMas.


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/