Querida mãe,
Meu coração estremeceu quando cheguei à Inglaterra em maio deste ano. Foi uma longa viagem a navio de Boston para cá, mas senti que estaria em minha terra. País rico, bonito, com um ministro que demonstra afeto à nação da Grã-Bretanha. Se não fossem os temidos...
A senhora, meu querido pai, e todos os norte americanos já devem saber do que ocorreu no começo do mês passado aqui. Os pássaros pretos atacaram contra os portos e navios britânicos ao sul. Os campos de aviação foram demolidos em grande parte. Estamos sem poder dar continuidade à fabricação de novos aviões de guerra.
Ontem, o primo de um amigo de quarto, chegou para contar-nos da família deles que vivem em Southampton. Todos morreram com as bombas que foram lançadas à cidade. Apavorados estamos...
Partiremos, então, amanhã cedo para o leste da ilha, Lowestoft. Apesar das idéias do ministro, não estamos confiantes em permanecer aqui em Londres. Atravessaremos o canal até a Holanda. Chegando lá, procuraremos refúgio (provisório), e escreverei para todos.
A noite londrina está gélida como os nossos corações. As aulas na universidade foram interrompidas. Não existe um dia exato para a volta.
Apenas acabou de começar.
Deus nos abençoe.
Com carinho,
George Warts
9 comentários:
Por enquanto, não é uma boa ideia estar em Londres
Difícil viver em tempos em que tudo parece desmoronar a nossa volta.
Beijos doces.
Legal o texto, ótima narrativa. Gostei.
Abração meu velho.
Quando vc escreve, pareço conseguir visualizar tudo, até mesmo as expressões de quem cria. Abraço, meu nobre!
Cartas, cartas, desse nobre escritor que me arranca sorrisos.
Estou ausente, não estou? Correria na Universidade e eu me distancio das minhas letras tão queridas. As suas fazem parte destas.
Ah, estive pensando. Pensei numa proposta para ti. Quem sabe, assim, tu matas essa saudade que estais de mim...
Beijo, meu nobre [é, há muito já tomei posse] :D
:*
Cartas, todo grande escritor tem dezenas delas.. enviadas, recebidas.
Gosto delas, mas com essa onda de internet as pessoas deixaram de escrever, agora elas digitam. Nem por isso deixo de escrevê-las.
Terna, a carta.
beijo!
É, minha proposta!
O que achas de escrevermos um conto juntos?
Criamos uma situação, personagens, etc. Aí combinamos como fazemos, se um começa e o outro termina,se cada um faz uma versão diferente para a mesma história ou até mesmo uma carta, um escreveria e o outro responderia...
Humm? O que achas?
Beijo grande, querido.
Sim, claro. Vou ficar esperando os informes. Mas faz o seguinte, envia pro meu e-mail: vanessaromao_@hotmail.com.
Na página dos coments quebra o suspense ^^
No aguardo!
Beijo, querido.
:*
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