Querida mãe,
Meu coração estremeceu quando cheguei à Inglaterra em maio deste ano. Foi uma longa viagem a navio de Boston para cá, mas senti que estaria em minha terra. País rico, bonito, com um ministro que demonstra afeto à nação da Grã-Bretanha. Se não fossem os temidos...
A senhora, meu querido pai, e todos os norte americanos já devem saber do que ocorreu no começo do mês passado aqui. Os pássaros pretos atacaram contra os portos e navios britânicos ao sul. Os campos de aviação foram demolidos em grande parte. Estamos sem poder dar continuidade à fabricação de novos aviões de guerra.
Ontem, o primo de um amigo de quarto, chegou para contar-nos da família deles que vivem em Southampton. Todos morreram com as bombas que foram lançadas à cidade. Apavorados estamos...
Partiremos, então, amanhã cedo para o leste da ilha, Lowestoft. Apesar das idéias do ministro, não estamos confiantes em permanecer aqui em Londres. Atravessaremos o canal até a Holanda. Chegando lá, procuraremos refúgio (provisório), e escreverei para todos.
A noite londrina está gélida como os nossos corações. As aulas na universidade foram interrompidas. Não existe um dia exato para a volta.
Apenas acabou de começar.
Deus nos abençoe.
Com carinho,
George Warts